Abrir uma empresa é o sonho de muita gente, mas poucos são aqueles que conseguem juntar a energia necessária para correr atrás desse objetivo.
Além de disposição e vontade, é necessário contar também com um bom planejamento e manter o controle das finanças — e é sobre este assunto que vamos tratar hoje!
Ao falar da parte financeira, todo gestor precisa estar atento a alguns itens que são de máxima importância. A seguir, mostraremos um passo a passo do que deve ser feito para que o seu planejamento evolua da melhor forma possível. Confira!
1. Calcule o capital inicial
A primeira coisa que você precisa saber é quanto custa para abrir uma empresa, a sua empresa.
Tenha em mente que este investimento que dá início ao seu negócio vai ser reposto após algum tempo, então é importante que você considere um prazo bem razoável para tê-lo de volta.
Dependendo do tipo de negócio, essa janela temporal vai ser maior ou menor. A forma com que você conduzirá sua empresa também afetará esse payback. Quanto mais profissional e bem gerenciada for a empresa, mais rápido o retorno.
Para calcular este valor de partida, você terá de levantar todas as despesas necessárias para colocar em funcionamento o negócio. Veja bem, não estamos falando do investimento para mantê-lo de pé. Sobre este assunto, falaremos em breve.
Dentro do capital inicial você deve considerar investimentos como a abertura da empresa (CNPJ), registro na junta comercial, elaboração do contrato social, despesas com taxas, alvará e qualquer outra coisa que seja necessária para deixar tudo regularizado.
Além disso, entram também os valores referentes à locação ou compra de um ponto comercial, garantias locatícias (se for o caso), pintura, reformas, compra de equipamentos, placas, uniformes, plotagem de veículos e todas as providências para levantar o negócio.
Se for necessário realizar algum curso, viagem de negócios ou a contratação de uma assessoria de RH para te ajudar a contratar funcionários, coloque também na conta.
Pondere se haverá a necessidade de construir algum software ou equipamento.
Depois de identificados todos estes itens, você vai saber qual é a sua necessidade de capital inicial.
Se quiser deixar um valor extra para imprevistos, não é uma má ideia. Para isso, defina um percentual e aplique sobre o valor que você havia calculado antes. Ter um plano para emergências é sempre bom.
2. Descubra qual o capital de giro necessário
Depois de conseguir entender tudo o que é preciso para erguer o seu empreendimento, é chegada a hora de saber o que tem de fazer para que ele se sustente por um tempo até que o resultado comece a aparecer. É para isso que serve o capital de giro.
Existem despesas fixas e variáveis que vão exigir recursos financeiros de maneira a manter as suas portas abertas.
As fixas são aquelas que, você vendendo ou não, são contas a pagar. Alguns exemplos são o aluguel do seu imóvel, seguro contra incêndio, funcionários contratados, etc.
Já as variáveis são exatamente o oposto e aumentam sempre que você vende. É só pensar em coisas como produtos ou embalagens. Você vai precisar comprar mais à medida que vender os que tiver. Fretes e outros gastos com transporte de mercadoria são outro exemplo.
A questão é que você tem de saber quanto precisa para que o seu negócio consiga se sustentar por um período de tempo até que a renda que vem dele mesmo seja suficiente para mantê-lo de pé.
Faça uma estimativa, com alguma folga, das suas despesas fixas e variáveis, e calcule quanto tempo a sua empresa precisa até entrar nos trilhos e conseguir rodar sozinha.
Esse valor, multiplicado pelo número de meses que você estipulou, é a sua necessidade de capital de giro.
3. Defina o seu pró-labore
Assim como todo mundo que trabalha em um negócio, você precisa receber um pagamento mensal — afinal, não estamos tratando de filantropia.
É um grande erro gestores misturarem dinheiro da empresa com o dinheiro próprio. Isso cria um descontrole que complica muito a gestão. Por isso, é necessário que você tenha um pró-labore bem definido.
Não escolha uma retirada que vá ser muito baixa a ponto de você ficar meio apertado e acabar tirando algum dinheiro do caixa da sua empresa, mas também não vá colocar um valor alto demais a ponto de prejudicar as contas da pessoa jurídica.
Um detalhe importante aqui é que você pode alterar o seu pró-labore com o tempo. Por isso, fique mais tranquilo, e se achar que pode ou precisa fazer uma revisão deste valor, faça.
Uma boa sugestão é que você converse com a sua contabilidade. Além de alguma experiência sobre o assunto, ela poderá te orientar melhor quanto às formas mais rentáveis de você se pagar.
4. Organize-se e planeje com sabedoria
Depois de fazer um levantamento bem estruturado das suas finanças, não perca o hábito de continuar acompanhando suas contas.
Um grande erro de muitos que se arriscam no caminho do empreendedorismo é, na rotina de trabalho, ir deixando de lado seus controles financeiros. Não faça isso!
Mantenha atualizados seus relatórios, fluxo de caixa, cronogramas de atividades e sempre reavalie como andam as suas contas. Este é um assunto sério que requer vigilância e disciplina.
5. Conheça o caminho das franquias online
Você já está se enveredando pelo caminho do franchising? Ótimo! Franquias de sucesso normalmente já trazem modelos de planejamento e acompanhamento financeiro que serão ótimas ferramentas para você.
Além disso, pela experiência adquirida, terão condições de conseguir identificar exatamente sua necessidade de capital inicial, de giro e até fazer sugestões de pró-labores.
Isso sem contar no fato de poderem reduzir sua necessidade de investimentos, apontando exatamente para o que precisa ser feito.
De toda forma, tenha duas coisas em mente ao pensar em abrir uma empresa:
- preveja, controle e acompanhe sempre o seu financeiro. É ele que sustentará seus sonhos de pé;
- sempre consulte opções de franquias antes de definir qual será o seu negócio. Estes modelos já experimentados conseguem oferecer uma chance muito maior de rentabilidade e prosperidade.